
Despejar palestinos nativos e seculares de suas casas num dos bairros árabes de Jerusalém foi a ponta de Iceberg do extenso confronto entre palestinos e Israel. As invasões da Polícia e de colonos na Mesquita de Al-Aqsa nos últimos dias de Ramadã foi o pavio de manifestações respaldada pela resistência militar em Gaza disparando seus mísseis em muitos assentamentos e na capital Tel Aviv.
As grandes surpresas surgiram. A união popular palestina entre Gaza, Cisjordânia e os territórios apelidados de Arabes48, formaram uma frente ampla de manifestações por palestinos de todas as faixas que revitalizaram o sentimento palestino por sua pátria. Um fracasso histórico da inteligência das forças de Israel que não dimensionaram o volume de mísseis, seus alcances e seus poderes destrutivos, tanto físico como moral. Jogou por água baixa o Acordo do Século costurado durante anos e mostrou para a Sociedade de Israel que é impossível ignorar os Palestinos e suas lutas por um Estado independente. Mais do que isso questionou a política fracassada de décadas dos governos de Israel no trato com a Causa Palestina.
Os ataques à Gaza, em específico às instalações civis, mostram a derrota de Israel e seu apelo ao ódio. Mostra também que não há mais lugar seguro dentro de Israel. Para os Palestinos, há apenas uma opção. Manter a resistência em todas suas frentes. Para Israel, há apenas duas opções. Modificar seus conceitos e reconhecer o direito palestino ou permanecer em sua política secular e caminhar para seu suicídio.
Assad Frangieh, médico e coordenador do grupo Oriente Médio e Internacional
Assad, muito oportuno e significativa a união entre os arabes palestinos
Parabéns