Após nove meses de genocídio na Palestina, Netanyahu ainda não foi detido pelas forças da civilização

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É preciso ativar e intensificar a solidariedade ao povo palestino, o que inclui apoio à resistência, escreve o editor internacional do Brasil 247

Bandeira palestina

Bandeira palestina (Foto: REUTERS/Yara Nardi)

Por José Reinaldo Carvalho – Neste domingo, 7 de julho, completam-se nove meses desde que se iniciou a atual etapa histórica do genocídio que há cerca de oito décadas os sionistas israelenses, acumpliciados com as potências imperialistas, designadamente os Estados Unidos, perpetram contra os palestinos, um povo mártir e heroico. Vai passar muito tempo – décadas, séculos, quem sabe? – até que esses criminosos de lesa-humanidade paguem por todos os sacrifícios infligidos aos palestinos e o mundo se incline em sinal de respeito e homenagem àqueles que tiveram suas vidas imoladas. Os povos do mundo e em especial as forças anti-imperialistas e emancipadoras têm uma eterna dívida moral a saldar com o povo palestino.

No transcurso desta data, as forças de ocupação israelenses cometeram três massacres contra famílias na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas, resultando no assassinato de pelo menos 55 palestinos e no ferimento de outros 123, segundo fontes médicas citadas pela Agência Palestina de Notícias WAFA.

O número de mortos palestinos devido ao sistemático genocídio desde 7 de outubro aumentou para 38.153. Há que acrescer a esse número cerca de 9 mil vítimas desaparecidas sob os escombros das cidades destruídas pelos bombardeios da aviação e artilharia israelenses. A maioria das vítimas são mulheres e crianças.

Ao longo destes nove meses, os genocidas liderados por Benjamin Netanyahu atacaram escolas, hospitais, mesquitas, igrejas, centros de imprensa, instalações culturais, acampamentos de refugiados sob proteção da ONU e outras instalações da organização multilateral. Além da população civil, alvejaram jornalistas, religiosos, trabalhadores da saúde, funcionários da ONU e de organizações humanitárias.

Os sionistas submeteram a população de Gaza a um cerco absoluto. Privaram-na de água, alimentos, remédios e quaisquer outros itens indispensáveis à sobrevivência. Usam sistematicamente a fome e a limpeza étnica como armas de guerra.

Escarnecendo com o direito internacional e todas as instituições que conformam o combalido sistema internacional, o governo pária de Israel afrontou decisões do Conselho de Segurança, da Assembleia Geral, do Tribunal Internacional de Justiça, fez chicana com as negociações visando à paz, ofendeu o próprio secretário-geral da ONU, triturou da tribuna da Assembleia Geral o documento que desde 1945 rege as relações internacionais, tentou calar os líderes que ergueram suas vozes em nome da justiça, entre estes o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva.

O maior criminoso de guerra do século 21 declarou guerra a toda uma região, com repetidas afirmações que contêm também uma ameaça de conflagração global. Em meio à enfurecida investida militar contra os palestinos, atacou alvos de outros países da região – Irã, Síria, Iraque, Líbano, Iêmen – numa incendiária aventura. Sua espionagem intensificou operações mundo afora, em perseguição a ativistas pró-palestinos e a líderes de organizações patrióticas da Resistência.

Como se vê, a ofensiva política e militar dos sionistas israelenses se afigura cada vez mais como uma guerra sem fim contra toda a região do Oriente Médio e uma ameaça às forças do progresso, da paz e da justiça no mundo.

Quando Benjamin Netanyahu anunciou em 7 de outubro que o Oriente Médio nunca mais seria o mesmo, não se referia exclusivamente ao propósito de exterminar o movimento patriótico da Resistência, o Hamas. O Oriente Médio se tornou palco de uma acirrada luta politica em decorrência da ocupação sionista da Palestina, o que só é possível com a hegemonia completa sionista na região. Por isso, não está descartada a expansão da guerra terrorista israelense contra outros países do entorno.

Após nove meses de genocídio na Palestina, Netanyahu ainda não foi detido pelas forças da civilização. Por isso, as forças da paz em todo o mundo devem ativar mais e mais a solidariedade ao povo palestino, o que inclui apoio à resistência armada, às demarches diplomáticas, às lutas de massas, à luta política e institucional, a intensificação das mobilizações, as campanhas de boicote e condenação ao regime israelense, pelo rompimento de relações diplomáticas e pela punição dos criminosos que dirigem o Estado e o Governo sionistas em cortes internacionais. De imediato, urge o cessar-fogo.

Neste momento crucial é preciso rechaçar as urdiduras do governo sionista para doravante afastar as organizações políticas palestinas do governo de Gaza e impor uma administração sionista.

A conquista da libertação e da paz serão fruto da decidida e enérgica luta antissionista e anti-imperialista.

O grito “Palestina Livre” precisa soar mais alto!

José Reinaldo de Carvalho, Jornalista, editor internacional do Brasil 247 e da página Resistência: http://www.resistencia.cc

Fonte : Brasil 247

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