Fonte Al Manar, Beirut
Tradução de Carlos Tebecherani Haddad
Helicópteros militares iraquianos lançaram no domingo um ataque contra um comboio takfiri no território sírio, para impedi-lo de entrar no Iraque, matando a 8 indivíduos, no que constitui uma forte mensagem enviada pelo governo de Baghdad antes das eleições da próxima quarta-feira.
Esta é a primeira vez que as autoridades iraquianas reivindicam um ataque contra grupos terroristas na Síria.
Ainda que o Iraque seja oficialmente neutro, a sua postura evoluiu até um apoio não declarado ao governo da Síria, devido à ameaça comum que o terrorismo supõe para ambos os países.
Os helicópteros do exército levaram a cabo o ataque ao lesta da Síria, contra um comboio de caminhões que levavam combustível roubado e se aproximavam da fronteira para “entregá-lo ao grupo de mercenários terroristas assim denominado “EIIS –Estado Islâmico no Iraque e na Síria”, assinalou o porta-voz do Ministério do Interior iraquiano, general de brigada Saad Maan. O ataque destruiu os caminhões e matou os terroristas que viajavam no comboio.
O ataque foi realizado “sem coordenação com o governo sírio”, aduziu o general Maan, que manifestou a responsabilidade dos iraquianos de “proteger a fronteira”, tanto de um lado como do outro.
O ataque teve lugar próximo da cidade fronteiriça de Abu Kamal, que foi cenário, em princípios de abril, de uma batalha entre dois grupos terroristas, o EIIS e a Frente Al Noussra, filiada à Al Qaeda.
O Primeiro Ministro iraquiano, Nuri Al Maliki, culpou as monarquias do Golfo, principalmente a Arábia Saudita, de apoiar o terrorismo no Iraque e na Síria.