Damasco, (Prensa Latina) O governo de Damasco acusou nesta segunda (12) a Turquia de apoiar os grupos armados presentes na Síria e denunciou que o país é a principal entrada dos extremistas estrangeiros nesta nação levantina.
“O movimento dos terroristas com tanta facilidade no território turco demonstra uma vez mais a cumplicidade das autoridades turcas com esses grupos” afirmou uma fonte da chancelaria à agência oficial de notícias SANA.
Como exemplo citou a entrada na semana passado, a partir do país vizinho, de Hayat Boumediene, esposa do terrorista Ahmed Coulibaly, responsável pelo tiroteio do meio dia da sexta-feira ao leste de Paris.
Chamamos a comunidade internacional a pressionar Ancara para que encerre essa política destrutiva, que provoca um aumento do terrorismo na região, acrescentou a fonte.
Recentemente o vice-ministro sírio de Relações Exteriores Faisal al Mekdad acusou a Turquia de respaldar grupos radicais como parte de sua política para tentar derrubar ao presidente Bashar al Assad.
Ancara é parte do problema e não uma solução ao conflito, que quatro anos já deixou mais de 200 mil mortos, afirmou o vice-chanceler.
Em colaboração com Israel e várias monarquias do golfo Pérsico, entre elas Arábia Saudita e Catar, a Turquia apoia organizações integradas por assassinos e criminosos, sublinhou.
Além disso, recusou a criação de uma zona neutra em sua fronteira norte como busca Ancara ao considerar que a mesma constitui uma violação flagrante da soberania da Síria e do direito internacional.
A Assembleia Nacional (parlamento) da Turquia autorizou no ano passado o governo de Recep Tayyip Erdogan a intervir militarmente na Síria e no Iraque, com o suposto objetivo de combater o Estado Islâmico.
No entanto, Damasco assegurou que a entrada de tropas turcas seria considerada uma agressão e por tanto responderia de forma correspondente.